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  20/05/2016 - Erechim e região querem combater a informalidade e o comércio ilegal
 


Reunião deliberou pela criação de um Comitê Permanente de Combate ao Comércio Ilegal

Erechim recebeu, nesta sexta-feira, 15 de abril, integrantes da Comissão de Combate à Informalidade da Fecomércio-Rs para uma reunião, na Câmara de Vereadores, com o objetivo de definir ações interinstitucionais visando o combate ao comércio ilegal no município de Erechim e região. O encontro foi coordenado pelo Vice-presidente da Fecomércio/RS, André Roncatto, que coordena a Comissão de Combate à Informalidade na Federação e tem percorrido diversas regiões do RS debatendo o tema. O evento contou com a presença do vice-presidente do Sindilojas, José Miola; do vereador Edgar Marmentini, representando o Poder Legislativo; de Thales Magnabosco, representando o Poder Executivo; do presidente da AMAU, Prefeito de Três Arroios Lírio Antonio Zarichta, que depois foi substituído pelo vice-presidente, o prefeito de Estação, Geverson Zimmermann; do comandante do Comandante da Brigada Militar, tenente-coronel Pedro Wilson Ferreira Pacheco; representantes da Polícia Civil, ACCIE, CDL, OAB e inúmeras entidades.
A reunião também contou com a presença do coordenador da Frente Parlamentar de Combate à Sonegação, à Pirataria e Contrabando da Assembleia Legislativa do RS, Juliano Roso, que apresentou alguns números significativos de prejuízos para o Estado, resultado da sonegação de impostos. Segundo ele, somente com cigarros, o RS vai perder este ano cerca de R$ 500 milhões. "Isso sem contar o prejuízo da indústria e dos agricultores", reforçou.
A reunião teve como resultado a criação de um Comitê Permanente de Combate ao Comércio Ilegalpara o planejamento de ações na cidade e região, composto por representantes dos órgãos públicos, fiscais, sindicatos, entidades e associações, que será responsável pela realização de reuniões de trabalho, buscando soluções para reprimir a atual situação, cujo processo será liderado pelo Sindilojas do Alto Uruguai Gaúcho. "Os comitês têm sido importantes para estabelecer um diálogo constante entre os empresários que trabalham legalmente, que são diretamente afetados pelo comércio ilegal, e os agentes do poder público. O comércio ilegal é a concorrência desleal que precisa ser enfrentada por toda a sociedade", afirmou Roncatto.
Segundo ele, somente em 2014, o comércio ilegal movimentou R$ 800 bilhões, 16,2% do PIB nacional. No Rio Grande do Sul foram R$ 51 bilhões. Por este motivo, afirmou que a Fecomércio resolveu sair da posição de crítica para proativa, envolvendo diversas entidades, como Ministério Público, Polícia Federal e demais entidades para combater o comércio ilegal.
Conforme falou Roncatto, na Comissão de Combate ao Comércio Ilegal, a atuação está sendo feita em três frentes: Campanha de conscientização voltada ao consumidor; desenvolvimento de uma cartilha para a rede pública de ensino, visando iniciar a educação do tema com as crianças; e uma cartilha para o poder público, para os agentes terem embasamento legal para suas atuações.
Outro tema debatido foi a realização de feiras itinerantes, que contou com a desaprovação de todos os presentes e questionamentos ao Poder Público sobre a liberação das mesmas. Conforme ficou claro, este fato atinge diversos municípios do Estado. Também entrou na pauta a questão da pirataria, que esconde o crime organizado, o trabalho infantil, o trabalho escravo, o tráfico de drogas e de armas. De acordo com Roncatto, precisamos nos unir para combater tudo isso.

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